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quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Prosa lirica: Olhos verdes

                                                                   

     

                                          Olhos verdes



                                                                                                    

                                                                                              Pedro Samuel de Moura Torres  


Seus olhos verdes, num momento de fitadas, me arrepiaram os sentidos, impressionante teu olhar de brilho clorofílico, cintilava o teu desejo clandestino e irresistível. Uma fantasia difícil de não se deixar fantasiar. Meus olhos não conseguiram oporem-se a tua miragem, no entanto meu coração fugia de teu chamado insano e convidativo. Paixão instantânea, proibida e enigmática, teu olhar verdejante de felinos fascina e perturba a minha sanidade e equilíbrio. Tento fugir do teu alvo, mas sonho em te conhecer melhor, o medo dos nossos encantos não nos encantar, atemoriza as expectativas. Quem és tu cujos olhos me enlouquecem, teu rosto me clamam a ti olhar, cabelos dourados iluminam meu mirar. Não sei se te cobiço, se essa paixão tem endereço, se tu sentes o mesmo, se tua química incitaria a minha ao toque da pele e não somente ao toque do olhar. Pois sei que o contato dos nossos olhos foi como uma mágica a deslumbrar, quem dera saber eu se tu sentiste o mesmo.

Deus o único testemunho que sonda nossos corações, assim espero, pois que em nossos olhares testemunhas sejam só nós dois, sentimentos me confundem, me iludem, me desviam do caminho, tua paixão é uma arma perigosa, tentação conspirativa, olhar curioso como uma coruja, desejaria te conhecer primeiro sem por os sentimentos à frente, para assim gostar de como eres e não de como aparentas. Olhar incisivo e penetrante que fascina e descontrola simples mortais, me transmitia teus desejos ocultos e abrasadores. Teu brio atravessa convenções, teu perigo de paixão acomete os corações. Por que tu me apareceste assim? Em situações conflitantes, onde teríamos de sermos firmes e formais, no entanto tua visão me arrancava suspiros estonteantes turvando minha percepção, impondo-me inadequações em minha posição. Desejaria ser centrado, responsável, firme e racional, mas a tua presença me enxergando me irracionalizou arrastando toda a minha sensatez moral. Olhava-te com um olhar vago, como perdido no ar, tentando não te enxergar, mas a tua paixão violenta não permitiu me controlar, forjei o meu sentir com a linguagem dos meus olhos, não te mostrei o meu desejo, porque queria que tu o procurastes.

Não sei como lestes o meu olhos, se frio, imparcial ao teu encanto, se indiferente ao teu flertar, embora eu estivesse de coração aflito por casos passados, mas não nego me exaltar. Mais uma vez Questionei-me o que eu sinto? Seria real, ilusório, provação do alto, sentimental ou virtual? Sentimentos antagônicos como ódio e amor assaltaram a minha volição, conflitando meu pobre coração. Estava num estado de paixão semiacabada quando ao horizonte surgiste tu, um anjo arrebatador, cheio de cobiças e mistérios na tua expressão, meu coração ainda mais frágil não suportou o teu mirar. Buscava a paz, me livrar da intensidade das minhas emoções sufocantes, entretanto lá está você provocando o meu querer.
 

                                                                           Pedro Samuel de Moura Torres 

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