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segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

SOCIEDADE E EDUCAÇÃO: Resumo do texto "A diretora da escola sem paredes"




                                                                                          Pedro Samuel de Moura Torres





ALMEIDA, Alexandra Ozorio. A diretora da escola sem paredes: Folha online. São Paulo. 2004.

 

Motivada pela sua esperança de progressos na educação gratuita, a pedagoga Ana Elisa Siqueira do colégio municipal Amorim Lima é considerada uma ótima gestora educacional, quando ela destaca que: “sua dificuldade em dirigir veículos é inversamente proporcional a sua capacidade de dirigir uma escola”. A Emef Desembargador Amorim Lima foi pioneira em seu ousado projeto de reproduzir a didática de ensino que foi inspirada na obra criada pela Escola da Ponte, de Portugal. Com seu espirito revolucionário e pioneiro, inspirada em uma instituição portuguesa, Ana Siqueira deu o primeiro passo na transformação educacional daquela escola ao tomar atitude de mudar radicalmente condutas e modos de encarar o ensino priorizando as necessidades do aluno, permitindo que eles participem e opinem nas decisões primárias da instituição, tais como seus objetivos de aprendizagem e a maneira de serem avaliados. Portanto, foram implementadas na grade curricular a capoeira, o teatro, educação ambiental e oficinas de inglês, arte, educação física, leitura e informática. Conta também que organizou as salas para no máximo 25 alunos para cada professor.

De família bem-sucedida, embora a pedagoga tenha sempre estudado em instituições privadas, ela decidiu se comprometer com as escolas públicas, por razões políticas, já que as instituições gratuitas são onde se encontra a maior parte dos alunos no nosso país e também pela busca de ideais, de tentar melhorar a qualidade do ensino. Faz-se menção da sua vida particular; tem um filho chamado Pedro Generoso com seu marido que é um arquiteto e artista plástico formado pela FAU-USP e que sempre está a reclamar pela ausência da pedagoga que detém grande parte do seu tempo ocupada com a militância da escola, mesmo assim ela reconhece que ele seja bastante compreensível em relação a sua escolha.

Ana já vem 20 anos envolvida na rede municipal, já deu aulas para crianças de primeira a quarta série e de pré-escola e ao prestar concurso para coordenadora pedagógica, percebeu sua aptidão para a diretoria. Ela diz que os pais dos alunos da escola municipal são bastante heterogêneos no quesito social e cultural, pois alguns são analfabetos enquanto outros são universitários. Ela busca trabalhar em grupo, com mais de um professor, que mesmo diante de algumas dificuldades enfrentadas, eles vêm obtendo resultados surpreendentes. A pedagoga encara os desafios como algo necessário quando se busca melhorias, é preciso se aventurar sem o medo da derrota, ter esperança no que se faz e ser capaz de se lançar no inusitado, de embarcar nos ideais intencionando contornar as consequências do que pode advir para só assim obter as melhorias tão idealizadas. Sua atitude é um grande exemplo para vários outros pedagogos ou engajados na área da educação que almejam que a educação do nosso país avance, pois o ideal é que a educação seja democratizada e qualificada não apenas em teoria, como na prática.            

  Pedro Samuel de Moura Torres


 

 

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