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quinta-feira, 28 de março de 2013

MINHA AVALIAÇÃO SOBRE TODA A AULA DE ARTE


 

A metodologia aplicada pela professora Riomar Lopes foi tanto cativante quanto significativa, pois pudemos desfrutar da experiência prática e criativa, ao inicio das aulas, nos orientando e levando-nos a descobrir novas dinâmicas que além de nos relaxar e nos aliviar das tensões diárias gerando o bem-estar geral; viabilizando a sociabilidade e harmonia através dos jogos aplicados, nos trazia a uma excelente dimensão estética e criativa, onde a cada dia fomos apreendendo na prática e na teoria elementos fundamentais para a compreensão e noção do que vem a ser arte e o lúdico. Com os exercícios recreativos feitos ao inicio da aula contribuíam bastante para atenuar a ansiedade, despertar-nos da indolência que alguns têm ao amanhecer, trazendo maior concentração para lidar com a parte teórica logo abordada.

Todo o conteúdo e a metodologia foram de grande utilidade para que enxergássemos a atitude ideal para fluir a espontaneidade e o natural potencial criativo que trazemos dento de nós e para que tivéssemos a noção do como levar e aplicar o lúdico e o estético nas salas de aulas. Desenvolvemos noções básicas e fundamentais para a performance em teatro e em jogos recreativos, onde a professora demonstrou possuir uma grande percepção do real, uma excelente habilidade em nos conduzir e uma visão legitimista e holística do mundo. A prática da improvisação nos ensinou a necessidade de se lançar confiando em nossa capacidade intuitiva, que só mesmo experimentando para podermos manifestar e vivenciar todo o nosso potencial estético e criativo.

O conteúdo aplicado foi ora prazerosos, ora mais complexos e de difícil assimilação, mas todos trouxeram contribuições especificas e importantes para ampliar nossa noção de toda a esfera artística e lúdica para ser cultivado no cotidiano da sala de aula e a partir dos textos sugeridos e lidos em casa eu pude expandir minha consciência sobre tal assunto. Todo o conteúdo trabalhado na sala trouxe elementos pedagógicos muito ricos, o que elucidou nossa obscuridade em relação à prática correta da recreação e dos jogos dramáticos. E os trabalhos escritos solicitados foram bastante uteis para a nossa apreensão do conteúdo. Desfrutamos também da experiência em artes plásticas, onde pintamos e fizemos um mosaico tudo servindo para a nossa capacidade estética e artística em sala de aula. 

Meu grupo, apesar dos obstáculos que tivemos em nos encontrar, acredito que conseguimos superar essas dificuldades ao nos submetermos em confiar na nossa capacidade intuitiva e espontânea, mesmo tendo planejado e dialogado sobre o que iriamos fazer. Mas de um modo geral, nos final conseguimos nos harmonizar e executar tudo a partir de nossas pesquisas, investimentos e de muitos detalhes que havíamos aprendido com a professora, mesmo com alguns pequenos erros que fugiam do nosso controle por sermos humanos e também por depender e estar sujeitos à coletividade. Mas tentamos trazer tudo que nossa capacidade nos permitiu naquele dado momento, portanto acredito que meu grupo superou muitos problemas encarados do dia-a-dia.

Não sou mais a mesma pessoa depois dessa disciplina, pois aprimorei muito mais as minhas noções sobre a dimensão artística, estética e sobre os jogos dramáticos e recreativos, principalmente na área da educação. Mesmo em minha limitação, por nem todos os dias conseguir chegar no horário e por poucas vezes expressar minha opinião e fala, mas que nunca deixei, mesmo estando algumas vezes doente, de ir a aula, eu considero-me agradecido e transformado, pedagogicamente falando, por toda a base e conhecimento que enriqueceu e contribuiu para a minha noção de arte em educação. Apesar de algumas limitações pessoais, por tudo que eu apreendi eu me daria o percentual máximo, mas acho que seria muita pretensão da minha parte por não considerar as minhas falhas pessoais. Entretanto, já que a professora nos pediu, eu me daria um percentual de 80% a 100% a partir de tudo que ela nos ensinou e do que eu aproveitei. Te agradeço de coração em ter sido seu aluno e te peço mil desculpas pelos meus limites.        

quarta-feira, 27 de março de 2013

RELATÓRIO DA ELABORAÇÃO DO SEMINÁRIO




Nosso processo para desenvolver esse trabalho foi um tanto dificultoso, pois, nossos encontros pessoais eram sempre escassos e as oportunidade de nos reunir eram apenas quando tínhamos aulas. A primeira dificuldade foi em entrar em consenso sobre qual tema iriamos abordar, já que sempre em cada escolha levantada, existiam os pros e os contras. No nosso primeiro encontro, ao escolhermos o tema, acatamos de modo prático e breve que faríamos sobre “A dança dos orixás” com apenas uma ou duas minoria que discordavam. Nessa mesma ocasião, separamos e delimitamos os subtemas a cada pessoa: a primeira se prontificou que falaria da cultura africana, a segunda se encarregou de explanar sobre a dança macule lê, a terceira e a quarta pessoa falariam sobre a capoeira, mas ainda sem nada conclusivo, eu e mais outras três pessoas decidimos falar sobre os orixás e a dança onde eu deliberei a necessidade de uma expressão criativa visual e prática ao tema com o objetivo de reavivar e mostrar meios diferentes, estéticos, utilitários e divertidos de se expressar o trabalho. Mas até então não havíamos definido como o faríamos e se o faríamos. Como me sinto mais confortável expressando-me artisticamente em dramatizações, dança e tudo mais que for do campo da estética, além disso, refleti que se mantivéssemos a nossa apresentação de maneira tradicional, correríamos o terrível risco de tornarmo-nos muito monótonos, perdendo toda a necessidade dinâmica, estética e lúdica. Desse modo, sugeri e insisti sobre apresentarmos algo além da mera e fatigante teoria, percebi que sobrou para que eu conduzisse, idealizasse e desenvolvesse essa parte.

Mas enfim, comecei a liderar e organizar a parte criativa da nossa apresentação, vislumbrando mais ou menos como a desenvolveríamos, vindo a decidir e a sugerir qual modalidade usaríamos. A principio, tivemos um pouco de obstáculo em nos comunicar, mas logo foi solucionado, passando a nos interagir à distancia. Prontifiquei-me em idealizar a narração atrelando-a com a capoeira, a luta e a dança; estabeleci o contexto, traçando as ideias, cada personagem, enredo e esquema teórico da narrativa; logo sugerindo e negociando o esquema via internet e celular. Alguns foram bastante resistentes em relação à inclusão dessa parte, pois não se sentiam a vontade na área da representação, preferiam seguir pelo método tradicional de apresentação e sentiam-se receosos do julgamento e de não saber conduzir-se em um teatro “faz de conta”. Entretanto, mediante minhas apelações e pelo reconhecimento da necessidade de um elemento prático e artístico, acabei convencendo-lhes do seu papel na parte criativa. Houve dúvidas e confusões de quem representaria o papel do orixá feminino Oxum, pois ambas as candidatas optavam por fazer a parte teórico-narrativa a ter que encenar, mas finalmente ela acabou aceitando para a harmonia e paz do grupo. Nossa colega narradora assumiu a parte tanto da narração, como decidiu também expor um breve conteúdo sobre os Orixás e suas danças. Mesmo tendo solicitado que os outros também buscassem seus figurinos, porém devido a minha inata precaução, improvisei todas as roupas e os artefatos tanto masculinos quanto feminino dos orixás, mas para a melhoria da empreita, nosso colega acabou encontrando um vestido original do orixá feminino, trazendo mais originalidade e glamour à nossa criatividade.

Pedi também que ela fizesse sua coroa do orixá Oxum improvisando em sua casa a fim de diminuir o meu trabalho figurinista. A mesma ficou responsável por, juntando os conteúdos de todos os integrantes, desenvolver a parte escrita do trabalho demandado pela professora. Após ter esquematizado toda a parte prático-criativa e ter improvisado o figurino, minha preocupação era de como e quando teríamos o tempo para ensaiar tudo que havia sido previamente planejado, pela nossa dificuldade de nos encontrarmos pessoalmente. Houve alguns momentos que eu pareci bastante contundente o que irritava a alguns dos integrantes pela minha constância e incidência em levar a frente o trabalho, mas todos acabaram me compreendendo e aceitando. Mas por fim, faltando uns cinco ou seis dias da apresentação, decidimos juntos nos encontrar antes da aula para a organização da ordem definitiva da apresentação e para o ensaio da encenação. Finalmente todos juntos pudemos definir decisivamente a ordem das apresentações e ensaiamos a interpretação, escolhendo juntos cada movimento, posicionamento, atitude e ação de acordo com os nossos conhecimentos prévios sobre o assunto.  Enfim, é sempre difícil ajustar-se coletivamente, pois demanda de grande dinamismo, insistência, manejo, liderança, comunicação, negociação, decisão individual e grupal, disciplina, ideias expostas e compartilhadas e muita diplomacia, mas no final acabamos fazendo o melhor que pudemos e tentamos coletivamente, compartilhando e aprimorando nossas contribuições, experiências e conhecimentos pessoais para a apreciação de todos.                   

domingo, 3 de março de 2013

Resenha do texto Improvisação para o teatro


 

Viola Spolin com seu primeiro livro Improvisation for the Theatre (Improvisação para o Teatro) acabou tornando-se pioneira para o teatro improvisacional. Ela aborda sobre a experiência criativa e os processos de improvisação no palco. De acordo com a autora, aprender a atuar não depende somente de um mágico talento inato, como se acreditava antes, mas da disposição do indivíduo em se lançar experimentando o que o imprevisível palco tem a oferecer; para tanto, é indispensável um lugar apropriado e predisposição dos que desejam aprender a atuar. O sujeito deve tomar a consciência de que ele não deve ater-se apenas ao plano intelectual, mas que é necessário uma boa dose de intuição abrindo-se a novas descobertas que lhe acometem espontaneamente o que lhe permite aprender a improvisar, sem a necessidade de prisões pré-programadas. E quando o aprendiz se entrega e se envolve ao seu ofício de coração e de mente, aprendendo a administrar os insights que pouco a pouco vão se aprimorando é justamente ai que a expressão criativa tem seu lugar.  

Visto que a espontaneidade é tão importante para o teatro, o professor-orientador deve promovê-la através de atividades tais como jogos recreativos, onde se desenvolva a habilidade de lidar com imprevistos, em um contexto menos dependente de julgamentos e reprovações. Como a necessidade de ser aceito vem com o temor de ser desaprovado, o aluno restringe a sua criatividade e refrea a sua natural espontaneidade; contudo é recomendável que todo autoritarismo por parte dos professores seja equilibrado para que não iniba a subjetividade e espontaneidade do aprendiz.  

Viola Spolin, em seu livro Improvisação para o Teatro, provê excelentes contribuições para o professor de teatro improvisacional trabalhar com discentes inexperientes. É fundamental destacar que a habilidade e o conhecimento são para qualquer um que deseja e esteja disposto a aprender e não é um elemento exclusivista e separatista. O docente necessita prestar mais atenção nos sinais dos alunos para que possa enxergar as razões as quais se resignam a participarem e cooperarem com as atividades. O professor tem o encargo de motivar e liderar, porém é imprescindível que se tenham consciência de que ele não é detentor de todas as verdades do mundo e tão pouco pode se responsabilizar pela aprendizagem total dos alunos. Ele funciona apenas como um orientador mostrando os caminhos a serem traçados para que os alunos liberem-se e descubram-se na arte da atuação.         
           


SPOLIN, Viola. Improvisação para o teatro. São Paulo: Perspectiva, 1982. Páginas 04 – 259.