O FIM DO MUNDO: UMA IMINENTE REALIDADE?
RESUMO
Pedro Samuel de Moura Torres
Este artigo traz uma análise da
situação presente do mundo, focalizando em questões ambientais, tais como o
aquecimento global, efeito estufa, camada de ozônio, elevação do mar etc.
Intenciona expor e argumentar sobre possibilidades de destruição e iminente
extinção a toda raça humana. O trabalho avalia os desafios que a modernidade
vem enfrentando e considera a posição da potência atual, Os Estados Unidos da
America, como precursora dos desastres naturais. Apresenta também reflexões e
argumentações sobre fatos da natureza, direcionando ao fenômeno do efeito
estufa ao levantar perguntas e questões sobre o mundo de hoje. Defende as
argumentações e mostra resultados de pesquisa do autor GORE, Albert Arnold, Jr.
expondo os opositores e suas opiniões contrarias. Cita opiniões de terceiros
(Chris Bueno), como resultado de pesquisas sobre o assunto. Faz uma pequena relação entre os textos de
Coracini e os de Suzana Machado com os argumentos apresentados no artigo sobre
o processo de atribuição da verdade nas comunidades científicas.
Palavras-chave: O fim do mundo,
aquecimento global, desastres naturais, interesses políticos, conscientização.
ABSTRACT
This
article brings an analysis of the current world’s situation, focusing in
environmental issues, such as: the global warming, greenhouse, ozone hole,
rising sea legal etc. It intends to expose and argue about the possibility of
destruction and an imminent extinction to the whole human race. The paper
examines the challenges modernity has been facing and considers the position of
the current world power, The United States of America as the main factor of
natural disasters. It also presents reflections about natural facts, leading it
to the greenhouse effect. It defends the argumentations, shows the author GORE,
Albert Arnold, Jr.`s research results, exposing the opponents and its contrary
opinions.
Keywords: The end of the
world, global warming, natural disasters, political interests, alertness.
A
verdade da ciência passa por um processo rebuscado e apurado para ter
credibilidade, desse modo, como foi ressaltada nos textos de Coracini, 1991 e Mueller, 2000, essa verdade será
avaliada e elaborada por específicos grupos e comunidades. Através desses
textos percebe-se que a comunidade científica se organiza a fim de estabelecer
critérios e verdades a serem publicadas, dentro de certas regras, mas que não
são poupadas de julgamentos e críticas externas. A
divulgação de verdades é dominada por autoridades da área, entretanto há
opiniões divergentes entre eles e até opiniões do senso comum que questionam e
argumentam as possibilidades de interesses subjacentes das autoridades, para
defender seu ponto de vista, se contra ou a favor. A comunidade científica, na
tentativa de usar o bom senso, produz suas verdades baseadas em suas
experiências e divulga-as para repercutir em polêmicas e discussões na
sociedade, podendo ter interesses políticos, econômicos, de conscientização ou
apenas sensacionalistas.
Na busca de uma verdade se levantam argumentações
diversas e controvérsias em um mundo sem uma verdade clara e definitiva. Tais
considerações ressaltam a teoria de Kuhn, a qual acredita que a ciência é
essencialmente argumentativa, cujas idéias e argumentos bem elaborados são o
que definirão o que é verdade. Uma argumentação bem feita tem poderes
persuasivos pode ser aplicada na comunidade cientifica e, por conseguinte,
publicada na mídia. A ciência se dispõe do poder da eloqüência e do
convencimento, portanto se faz necessário que um pesquisador possua dados fora
ou dentro da esfera cientifica para que seja capaz de tirar suas próprias
conclusões a respeito do que é verdade ou não.
Tal
como a teoria de Kuhn, a qual defende que é o poder da eloqüência o que
predomina em uma afirmação e adesão de verdades, nesse artigo, questiona-se e
argumenta-se a veracidade de uma verdade científica que engloba a ética,
política, social etc. que é a questão de uma possível devastação mundial.
Apropria-se de algumas informações genéricas sobre o aquecimento global. O artigo a seguir faz uma tentativa
de argumentar possíveis verdades futuras através de leituras e observações dos
acontecimentos do mundo contemporâneo, baseados em conclusões do ex-presidente
americano GORE, Albert Arnold, Jr. Também mostra algumas opiniões que contradizem
e desmentem a mesma. No entanto, a opinião defendida neste artigo é que a
constatação de mudanças climáticas causadas pelo homem é evidente e manifesto,
portanto a verdade de Al Gore tem grande relevância, com sua campanha de
preservação ambiental. Cabe ao leitor compreender e verificar através de sua
leitura desse artigo, do seu repertório de conhecimento sobre tal assunto e das
suas próprias conclusões e inferências sobre o que pode ser verdade ou não.
O fim do mundo parece estar cada vez
mais próximo, com tantas previsões, para ser mais especifico, a antiga
civilização maia calculou que é possível que o fim se suceda em 21 de dezembro
de 2012. O mundo vem sofrendo grandes transformações em todos os aspectos e
está vivendo revoluções em todos os âmbitos. A poluição cada vez maior, a
alteração no eixo da terra, possíveis choques de planetas, as incontáveis
doenças infecciosas e letais de todos os contextos, guerras entre países, armas
de fogos mortais, terrorismos declarados, incontáveis desastres naturais,
buraco na camada de ozônio com raios solares cada vez mais letais provocando
doenças degenerativas, a falta de essência nas vidas das pessoas e muitos
outros fatores constituem o novo panorama mundial. Não obstante há quem
acredite que esse horripilante cenário seja impossível e que o aquecimento
global seja um exagero sem sentido.
Mas há casos de pessoas que se
sensibilizam ao enxergarem a incongruência do mundo contemporâneo, que chegam a
tomar atitudes drásticas e desesperadas. Como relatou o astrobiólogo da NASA, Morrison:
(apud. 2012 – A Profecia Maia.
MORRISON, David. 2010). “Houve dois adolescentes que estavam pensando em se
matar, porque não queriam estar por aqui quando o mundo acabasse”. "Duas
mulheres nas últimas duas semanas disseram que estavam pensando em matar seus
filhos e elas mesmas para não terem que sofrer com o fim do mundo." Segundo o filme “Uma verdade
inconveniente” de GORE, Albert Arnold, Jr., Os Estados Unidos, que é um país de
grande responsabilidade econômica, política e social, juntamente com a
Austrália e o Canadá, foram os únicos da face da terra que não se comprometeram
em participar do protocolo de Kyoto, visando continuar a sua maciça obstinação
pelo materialismo e, conseqüentemente, sua própria ruína.
É possível um mundo onde um estado
sem litoral como o estado americano chamado de Idaho é agora uma propriedade de
primeira, à beira-mar e quase todas as grandes cidades do mundo estão cobertas
por água, um lugar onde se encontra dez graus a mais da temperatura média, e em
vez de Califórnia, do Canadá e da Sibéria agora temos doenças tropicais em todo
o mundo e problemas na climatologia e agricultura? Isso não é um filme de
ficção cientifica. É o pior cenário previsto, se continuarmos poluindo o
ambiente com gases do efeito estufa. O aquecimento global é um prenúncio grave
que ameaça a existência da nossa civilização.
Por outro lado, conforme expôs Andrew
Marshall, 2007 “Aquecimento Global: Uma mentira conveniente”; em uma reunião de
cientistas falando contra o filme de Al Gore, um Professor Australiano do
Laboratório de Geofísica da Marinha Chamado Bob Carter, afirmou publicamente
que: "Os argumentos circunstanciais de Al Gore são tão fracos que
chegam mesmo a ser patéticos. É simplesmente inacreditável que tenham,
juntamente com todo o filme, atraído atenção do público" (CARTER, Bob. Apud.
MARSHALL, Andrew. 2007).
Como explanou Andrew Marshall, o
Presidente da República Checa, Vaclav Klaus, ao falar sobre o relatório do IPCC
aprovado em 2007, considerou que:
O aquecimento global é um falso mito como dizem já muitos
cientistas e pessoas sérias. Não é correto consultar o IPCC. O IPCC não é uma
instituição científica: é uma organização política, uma espécie de organização
não-governamental de cor verde. Não é um fórum de cientistas neutros nem um
grupo equilibrado de cientistas. São cientistas politizados que atingem lugares
cimeiros com uma opinião preconceituosa e um objetivo pré-definido. (KLAUS,
Vaclav. Apud. MARSHALL, Andrew. 2007).
E quando se questionou o motivo por
que nenhum outro político se manifestou para dizer o que ele afirma, Klaus
responde que: "outros políticos de alto nível não exprimem as suas dúvidas
sobre o aquecimento global por que a disciplina politicamente correta
estrangula-lhes a voz". (KLAUS, Vaclav. Apud. MARSHALL, Andrew. 2007).
Essas argumentações dizem que a culpa
de toda essa polêmica do aquecimento global seja devido a tendenciosos motivos
administrativos, à diagnósticos científicos precipitados e a uma mídia mal
informada. Tais razões defendem que tudo isso é exagero e que estão fazendo uma
tempestade num copo de água para beneficiar a posição política. Declara-se
também que as informações que o ex-vice-presidente Alberto Arnold Gore usou
seriam para fundamentar as suas decisões, mostrando um crescimento na
temperatura global. Infelizmente, essas opiniões não estão conscientes de que o
aquecimento global é uma ameaça séria e iminente.
A possibilidade de haver interesses
políticos em meio a toda essa questão é provável, mas não deixa de ter um fundo
de verdade, afinal, por que a Antártida é um local sem objetos criados pelos
homens, experimentando os anos mais quentes de toda a história? Não há como
negar esse fato. Conforme o filme “Uma verdade inconveniente”, registros do
clima da Antártida evidenciam que, no último meio século, as temperaturas
subiram cerca de três graus Celsius e conseqüentemente as plataformas de gelo
estão desaparecendo em um ritmo alarmante. Ninguém pode contestar o aumento do
nível do mar, o que é um efeito do derretimento do gelo.
Outro caso que muita gente questiona
é que a mídia explorou a problemática do aquecimento global para criar polêmica
e controvérsias para venderem mais jornais e atraírem mais espectadores. Nesse
caso, a questão é de cunho capitalista, pois, através de divulgações
sensacionalistas, objetiva-se lucrar, falseando verdades. Porém não é possível
negar a revolta e a devastação da natureza como uma resposta ao comportamento
do homem na terra.
O
fato que a quantidade de dióxido de carbono tem aumentado drasticamente na
atmosfera é um fenômeno que nem se contesta. Como se narra no filme “Uma
verdade inconveniente”, antes da revolução industrial, a quantidade de dióxido
de carbono na atmosfera foi de 270 partes por milhão. Hoje, é quase 360 partes
por milhão devido às nossas emissões de queima de combustíveis fósseis. Isto
significa que ao longo da história geológica da terra, nunca houve um caso em
que o nível de gás carbônico aumentasse tanto e o clima se alterasse.
De
acordo com Paula Rothman de INFO online, 2010,
vivemos a década mais quente da historia. As evidencias cientificas através de
amostras, provam esse aumento. Infelizmente, hoje, o aumento do gás carbônico
não foi de modo natural como no passado, mas foi desencadeado e imposto por
nós. As possíveis conseqüências desse desequilíbrio podem ser devastadoras.
O
aquecimento global e a irradiação solar ocorrem porque estamos emitindo gases
na atmosfera pela queima de combustíveis fósseis. Esses gases com dióxido de
carbono são os principais culpados, os quais impedem a saída do calor solar na
atmosfera terrestre, resultando em um drástico aumento da temperatura, ou o
efeito estufa. Os cientistas do mundo inteiro já estão detectando os perigosos
e numerosos efeitos do aquecimento global.
Como
narra no filme “Uma verdade inconveniente”, esses efeitos incluem a elevação do
mar, ondas de calor mortal, surtos de moléstias tropicais, os padrões
climáticos alterados, aumento do número de inundações, furacões e dano nas
colheitas agrícolas. A conseqüência mais evidente do aquecimento global é a
elevação do nível do mar, o que pode transformar radicalmente o nosso planeta.
O gelo do mar polar e os alpinos glaciais têm se recuado continuamente nas duas
ultimas décadas.
Conforme
o filme “uma verdade inconveniente”, se as imensas calotas polares expelirem
seu enorme volume de água doce no mar, a brusca elevação do nível do oceano
cobrirá as terras baixas e costeiras ao redor do globo. Cinqüenta por cento das
maiores cidades do mundo estão localizadas no litoral, assim como muitos
tesouros naturais tais como: os Everglades, na Flórida e as ilhas havaianas.
Todas essas áreas costeiras seriam submersas. O mar já subiu quatro centímetros
desde a virada do século e se espera que se eleve muito mais. A terra pode se
tornar um mundo de água. As implicações no clima mundial, com o aumento da
temperatura, podem arrasar a terra.
O
autor Chris Bueno aponta em “Ecologia: Conseqüências
do aquecimento global”, 2005, que
o aquecimento global causará muito mais precipitação em certas partes do mundo,
levando a muitas enchentes. Enquanto que outras partes do mundo verão uma
redução nos níveis de chuva e desertos irão inexoravelmente superar os milhares
de quilômetros quadrados de terras habitáveis.
Conforme
se relata no filme “uma verdade inconveniente”, áreas do hemisfério norte, como
Europa, Rússia, Canadá e norte dos Estados Unidos poderão ter invernos menos
rigorosos. Isso, à primeira vista, pode parecer ser uma coisa boa. No entanto,
o clima, em mudança, pode permitir que as doenças tropicais se mudem para
latitudes mais altas e afetem pessoas e animais que não têm imunidade para os
novos vírus.
Como
se essas mudanças no nível do mar e no clima não fossem o bastante, as
alterações na agricultura em todo o mundo podem ser a maior ameaça de todas.
Muitos países e principalmente, os em desenvolvimento, dependem da agricultura
para a sua economia de exportação, bem como toda a fonte primária de alimento
para os seus cidadãos.
Países
inteiros poderiam perder sua base de agricultura por causa dos padrões
climáticos alterados. Na nossa atual taxa de poluição, todos esses desastres
são iminentes em menos de cinqüenta anos. O fim do mundo pode realmente nos
alcançar? Com evidências tão fortes e ameaçadoras, a humanidade se encontra em
mais um dilema. É possível a reversão da situação mundial? O fenômeno do
aquecimento global é um assunto extremamente sério. Não é apenas um exagero
como afirmam. A evidência cientifica do aumento de gases e efeito estufa, do
derretimento das calotas polares e elevação do nível do mar são fatos
inegáveis. Se não se fizer algo para impedir esse aumento, nossa civilização
inteira está em risco.
Pode-se
deter o aquecimento global ao estimular as indústrias a mudarem para
combustíveis mais eficientes como o gás natural. Podemos reduzir nossa dependência
pelos combustíveis fósseis, ao dirigirmos com combustíveis naturais, instalando
célula fotoelétrica em telhados, contando mais com a energia eólica, solar,
hidrelétrica, e energia nuclear para a nossa eletricidade. Os governos
mundiais, em especial a America do Norte, precisam olhar para os passados
inconvenientes na economia de redução ao uso de combustíveis fósseis e perceber
o enorme potencial econômico das novas tecnologias ambientais a fim de se
evitar ou diminuir a emissão de gases tóxicos no ambiente.
É necessário que se abrande a exploração da
natureza, ao procurar recursos menos danificáveis. Se o homem não conseguir
mudar o seu comportamento e reverter a atual situação mundial, o aquecimento
global poderá se agravar drasticamente e o fim da nossa civilização estará bem
diante de nós, pois é um fato real e temos de parar agora antes que seja tarde
demais.
Pedro Samuel de Moura Torres
REFERÊNCIAS
GORE
Jr, Albert Arnold. Uma verdade
inconveniente: o que devemos saber (e fazer) sobre o aquecimento global. [tradução Isa Mara Lando] – Barueri, São Paulo.
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INCONVENIENTE,
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