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domingo, 3 de março de 2013

Resenha do texto Improvisação para o teatro


 

Viola Spolin com seu primeiro livro Improvisation for the Theatre (Improvisação para o Teatro) acabou tornando-se pioneira para o teatro improvisacional. Ela aborda sobre a experiência criativa e os processos de improvisação no palco. De acordo com a autora, aprender a atuar não depende somente de um mágico talento inato, como se acreditava antes, mas da disposição do indivíduo em se lançar experimentando o que o imprevisível palco tem a oferecer; para tanto, é indispensável um lugar apropriado e predisposição dos que desejam aprender a atuar. O sujeito deve tomar a consciência de que ele não deve ater-se apenas ao plano intelectual, mas que é necessário uma boa dose de intuição abrindo-se a novas descobertas que lhe acometem espontaneamente o que lhe permite aprender a improvisar, sem a necessidade de prisões pré-programadas. E quando o aprendiz se entrega e se envolve ao seu ofício de coração e de mente, aprendendo a administrar os insights que pouco a pouco vão se aprimorando é justamente ai que a expressão criativa tem seu lugar.  

Visto que a espontaneidade é tão importante para o teatro, o professor-orientador deve promovê-la através de atividades tais como jogos recreativos, onde se desenvolva a habilidade de lidar com imprevistos, em um contexto menos dependente de julgamentos e reprovações. Como a necessidade de ser aceito vem com o temor de ser desaprovado, o aluno restringe a sua criatividade e refrea a sua natural espontaneidade; contudo é recomendável que todo autoritarismo por parte dos professores seja equilibrado para que não iniba a subjetividade e espontaneidade do aprendiz.  

Viola Spolin, em seu livro Improvisação para o Teatro, provê excelentes contribuições para o professor de teatro improvisacional trabalhar com discentes inexperientes. É fundamental destacar que a habilidade e o conhecimento são para qualquer um que deseja e esteja disposto a aprender e não é um elemento exclusivista e separatista. O docente necessita prestar mais atenção nos sinais dos alunos para que possa enxergar as razões as quais se resignam a participarem e cooperarem com as atividades. O professor tem o encargo de motivar e liderar, porém é imprescindível que se tenham consciência de que ele não é detentor de todas as verdades do mundo e tão pouco pode se responsabilizar pela aprendizagem total dos alunos. Ele funciona apenas como um orientador mostrando os caminhos a serem traçados para que os alunos liberem-se e descubram-se na arte da atuação.         
           


SPOLIN, Viola. Improvisação para o teatro. São Paulo: Perspectiva, 1982. Páginas 04 – 259.

 

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