O
texto “Planejamento de ensino: Um ato político pedagógico” busca definir o ato
de planejamento de ensino numa perspectiva mais profunda e pragmática. Encontra a acepção mais abrangente para o
planejamento como sendo uma antecipação e projeção consciente, organizada e
coerente das etapas de uma dada atividade visando obter fins que conduzam a
transformações sólidas do que se quer realizar. O planejamento é considerado
também um ato politico, pois visa formar cidadãos profissionais. Ao planejar o
educador manifesta sempre uma atitude axiológica, ética, política e pedagógica.
O
fenômeno educacional deve ser analisado como um todo holístico, não deve ser
descartadas as realidades socioculturais das comunidades onde as escolas estão
inseridas. No planejamento de ensino, em primeira instância, considera-se a
realidade social como alicerce para o plano da ação pedagógica. É
imprescindível que as realidades socioculturais estejam presentes no desenvolvimento
do processo de ensino. A realidade social criada pelos humanos será, desse
modo, o referencial para o planejamento do trabalho docente e discente.
Segundo
momento: retrato sociocultural do educando
O
planejamento de ensino toma como embasamento e como principal variável a busca
por examinar a possível situação sociocultural dos estudantes como se fosse uma
fonte necessária e importante para detectar as realidades socioculturais dos
discentes dentro do seu contexto socioeconômico e desse modo inferir a suas
necessidades intelectuais. Assim, é indispensável que o educador sendo cônscio
das metas pedagógicas, antes de planejar seu próprio ensino, negocie com os
alunos a respeito do seu projeto de aprendizagem, levando em consideração os
seus retratos socioculturais sem negligenciar as suas relações com os cenários
sociais e naturais.
Terceiro
momento: objetivos de ensino-aprendizagem e conteúdos de ensino
Os
objetivos do ensino deve se ocupar com operações intelectivas sempre vinculadas
a conteúdos e realidades concretas podendo representar significativamente a
noção de mundo, cultura e natureza. E é através de um dialogo honesto em
relação à prática do seu planejamento com os alunos quando o professor não for
capaz de delimitar seus reais objetivos que o professor também estimula a
avaliação critica e criativa dos educandos.
Quarto
momento: procedimentos de ensino-aprendizagem (ação-reflexão-ação...)
A
escolha do conteúdo para o ensino não compete somente ao professor como também
aos estudantes, deste modo, a cooperação dos educandos pode ajudar na
programação das atividades de ensino. Visto que a participação estudantil é
imprescindível para a elaboração do plano de aula posto que são eles os maiores
interessados pela aquisição de conhecimento.
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