Existem
várias tendências pedagógicas, cada uma com sua própria visão sobre qual seria
a melhor forma de ensino e diferentes concepções de homem e sociedade; diferentes
pressupostos sobre o papel da escola, aprendizagem, relações professor-aluno,
técnicas pedagógicas, etc, sendo que algumas são mais aceitas do que outras. As
tendências pedagógicas não aparecem em sua forma pura e nem sempre são
mutuamente exclusivas, nem conseguem captar toda a riqueza da prática escolar. As
tendências pedagógicas são dispostas em liberais e progressistas:
A
- Pedagogia liberal B -
Pedagogia progressista
1-
Tradicional 1 - Libertadora
2-
Renovada progressivista
2 - Libertária
3-
Renovada não-diretiva
3 – Crítico-social dos conteúdos
4-
Tecnicista
Na maioria das escolas, observa-se que a tendência
tradicional é uma das mais aplicadas desde sempre e, com o advento da pedagogia
nova, nota-se que ela permanece apenas no campo das ideias, já que a realidade
em que os professores atuam é tradicional, não havendo condições de a escola
nova ser eficientemente instalada. Atualmente, a tendência tecnicista tem sido
bastante difundida, mas, como resultado, veem-se alunos “produzidos” para o
mercado de trabalho sem que “de fato” estejam preparados para lidarem com o
mesmo. O professor se encontra em uma situação contraditória, pois constata que
suas condições concretas não satisfazem as ideologias requeridas, com a
pedagogia oficial que sustenta a produtividade e a racionalidade do sistema e
do trabalho, enfatizando os meios tecnicistas, o professor é obrigado a
submeter-se a esse sistema. É aí o dilema em que se encontram os professores,
seus ideais são modernizadores, mas em meio a uma realidade de recursos
tradicionais.
A tendência tecnicista surgiu na segunda metade do século XX nos Estados Unidos
e após 1964 no Brasil. Intenciona-se, através desta, ajustar a educação às
exigências da sociedade industrialmente e tecnologicamente desenvolvida. O
autor que mais proeminentemente contribuiu para essa nova tendência foi o psicólogo
americano Frederich Skinner, nascido a 20 de março de 1904 na pequena cidade de
Susquehanna, Pennsylvania. Skinner criou uma máquina de ensino onde o estudante
poderia aprender, pouco a pouco, encontrando as respostas corretas que lhe
davam um prêmio imediato. Preocupava-se, tão somente, em determinar como o
comportamento era causado por forças externas. Ele acreditava que tudo o que
fazemos e que somos, é moldado pela nossa experiência de punição e recompensa.
Essa nova tendência visa moldar o indivíduo para o
meio empresarial, adaptando comportamentos com o escopo de acatar as
necessidades cada vez maiores do mundo capitalista de mão de obra técnica
especializada, o que implica em o aprendizado do aluno não concorrer para que
ele possa apreender a realidade em que está inserido e assim a possa
transformar, mas sim o capacitar a desenvolver funções técnicas para servir o
mercado. Nessa tendência, a relação professor - aluno se dá por meio de
avaliações de trabalhos práticos, averiguando passo a passo o cumprimento das
tarefas dadas, ou seja, o relacionamento decreta distanciamento afetivo e não
está voltado para a abertura de discussões e debates. O aluno é preparado
mecanicamente, como uma máquina, um robô configurado para desempenhar papéis de
condicionamento operante, ou mesmo animais que eram premiados apos serem induzidos
a realizar uma certa tarefa. A exemplo da Copa do Mundo que está para acontecer
em 2014, muitos estão aprendendo mecanicamente a “falar” inglês para este
grande evento.